ANÁLISE MORFOLÓGICA E BIOQUÍMICA DA DROGA DOXICICLINA (HICLATO) NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CUTÂNEAS

A cicatrização cutânea começa assim que uma ferida foi formada, sendo um processo dinâmico e complexo conduzido por eventos moleculares responsáveis ​​pelo reparo morfofuncional do tecido danificado. Uma série complexa de eventos estão envolvidos no processo de cicatrização cutânea, que podem ser separados em três estágios complementares: inflamatório, proliferativo e remodelação tecidual, resultando na formação de tecido cicatricial fibroso. As feridas cutâneas representam um grave problema de saúde em todo o mundo, frequentemente associado a altos custos e tratamentos ineficientes. As tentativas de intervir no processo de cura das feridas incluem radiações ionizantes, produtos químicos, além de curativos produzidos a partir dos mais variados compostos. A Doxiciclina comumente usado na forma de Doxiciclina Hiclato (DOX-h)  é um antibiótico da família das tetraciclinas que possui além da ação antibiótica uma ação anti-inflamatória (condição independente da ação antimicrobiana). Apesar dos relatos na literatura sobre os benefícios da Doxiciclina (Hiclato) como inibidor das metaloproteinases, seus resultados não demonstram como tais tratamentos podem atuar a nível celular e tecidual para promover um fechamento rápido e eficaz da ferida e conseqüentemente melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Considerando a eficácia limitada das terapias atuais que visam promover uma cicatrização mais rápida, torna-se relevante definir esquemas terapêuticos mais eficientes para o tratamento de lesões de pele. Dessa forma, essa proposta de investigação tem a intenção de esclarecer a relevância terapêutica da Doxiciclina (Hiclato) no tratamento de lesões cutâneas, oferecendo uma estratégia viável que atenda à múltiplos propósitos como: 1) Inibir a ação de metaloproteinases 2) Estimular a neovascularização tecidual, 3) Promover a síntese de matriz extracelular e de fatores de crescimento, 4) Reduzir os danos teciduais associados ao processo inflamatório e estresse oxidativo induzido pela ferida.

Equipe:

Profa. Dra. Reggiani Vilela Gonçalves (Coordenadora do laboratório).

Luciana Altoé (Doutorando em Biologia Celular e Estrutural)

Dra. Mariaurea Matias Sarandy (Pós-doc)

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